
MARIANA LEMMERTZ
Ideias vestidas de rabiscos, pinturas, cerâmicas, desenhos, esculturas
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Barbies que a Mattel não faria
A Mattel, marca que comercializa as bonecas Barbie, lançou uma coleção da boneca que leva o título de "You can be anything". ("você pode ser o que quiser"). Nessa coleção todas as bonecas têm algum hobbie, exercem alguma profissão ou são de algum grupo específico. Por exemplo, a Mattel lançou a "Barbie patinadora", a "Barbie professora" e a "Barbie medalhista.
Essa boneca é um dos maiores símbolos de representação feminina em brinquedos.
Todavia, no trabalho, intitulado de "Barbies que a Mattel não faria", são exibidos papéis não usuais dessa representação, mas que mantêm o estereótipo visual da boneca.
A obra consiste em uma série de 18 desenhos a lápis (4B, 6B e 8B), feitos em junho de 2019. A dimensão de cada peça é de 42x20cm, em cada um está ilustrada uma Barbie inexistente no mundo real, representando algumas das mulheres invisíveis da sociedade.
É importante ressaltar e os temas escolhidos para cada boneca não representam a minha posição ideológica, pois não expresso julgamento de "bom" ou "ruim" sobre os tópicos, nem sugiro que todos esses temas seriam adequados em brinquedos.
Um aspecto importante do meu trabalho é trazer a superficialidade da Barbie em todos os estereótipos representados. Em praticamente todos os desenhos, a boneca está com a mesma cara, com o mesmo sorriso bobo, até quando destoa da situação em que ela se encontra. Além disso, as roupas estão mais fashion do que seriam na vida real, e sempre muito acinturadas. O objetivo dessa artificialidade é passar a ideia de que aquilo foi produzido, que não é o real, mas sim um produto representando uma parcela ignorada da sociedade. É uma boneca vestida de nazista, não um mulher nazista; é um produto de plástico representando o modo como as mulheres são vistas como objetos de consumo.









Exposição da Bienal Black Brazil Art - Museu Júlio de Castilhos



Sobre mim
Meu nome é Mariana Lemmertz Schwarzbold, estou atualmente cursando o Bacharelado em Artes Visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tenho um profundo interesse em trabalhar artisticamente o conceito de inclusão e sua relação com igualdade. Biologia também é um tema que me atrai e ao qual pretendo dedicar estudos e criações artísticas. Em questão de técnicas, tenho preferência por desenho, pintura e ilustração, mas, com o decorrer do curso, estou expandindo meu gosto para campos como gravura, escultura e cerâmica.
